Poesias

QUANDO EU NÃO MAIS ESTIVER

Quando eu não mais estiver
consumado o sonho
sob um pêndulo silente
que se congela no ar
e exalar sândalo
pela boca de um vaso de sombra
quando eu não mais existir
traspassado por um sono
apetecido de dor
e arfar à espreita do gesto
que não mais se ergue
quando eu não mais estiver
restará ao menos uma canção indignada
fruto legado ao orgulho que me perdeu
para dizer, antes que eu murche dentro da noite,
a morte nunca será maior que o meu desejo
quando eu não mais existir.


19/07/2011

 

 

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